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As empresas estão sendo cada vez mais pressionadas a estabelecer metas climáticas ambiciosas. As organizações do setor privado desempenharão um papel essencial no combate às mudanças climáticas e poderão até mesmo liderar o caminho com ambição e inovação. No entanto, as empresas se expõem a acusações de lavagem verde quando fazem declarações de ação climática que não podem comprovar. Isso pode levar a graves consequências legais, regulatórias e de reputação.
Atualmente, a maioria das declarações sobre o clima não é regulamentada e a participação nos mercados de carbono é voluntária para a maioria dos setores. Além disso, muitos termos climáticos não têm uma definição universal: por exemplo, uma organização pode afirmar que é neutra em carbono porque pode ter compensado todas as suas emissões (incluindo o escopo 3) com créditos de alta qualidade, enquanto outra também pode afirmar que é neutra em carbono, mas compensou apenas as emissões diretas de um produto específico sem realizar nenhuma diligência devida sobre a qualidade do crédito.
Na ausência de estruturas e definições legais claras, como as organizações podem garantir que não entrem em conflito com essa incerteza? A chave é a transparência.
O que é greenwashing?
Greenwashing tornou-se um termo amplamente utilizado para descrever qualquer marketing ou promoção enganosa sobre os impactos positivos de uma organização sobre o meio ambiente. Isso pode ocorrer por meio de publicidade enganosa, afirmações exageradas ou deturpação do impacto líquido das ações de uma organização sobre o meio ambiente.
Regulamentação
Algumas atividades de "greenwashing" já estão sendo alvo dos órgãos reguladores. Um exemplo recente de destaque foi a multa de US$ 1,5 milhão aplicada pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA a uma filial de investimentos de um grande banco norte-americano por ter declarado incorretamente considerações de ESG para alguns de seus fundos de investimento. Isso ocorreu depois que a SEC anunciou uma força-tarefa dedicada a combater as violações das exigências de divulgação relacionadas ao clima e a ESG - anunciada na mídia como a "força-tarefa de lavagem verde". A Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido publicou sua própria orientação para instituições financeiras sobre como evitar o greenwashing no ano passado, enquanto a UE apresentou suas propostas de combate ao greenwashing em toda a economia em março.
É provável que as intervenções regulatórias aumentem à medida que os requisitos de divulgação se tornem mais rigorosos e a ambição aumente para atingir as metas climáticas globais. A minuta das regras de divulgação relacionadas ao clima da SEC indica claramente a direção do caminho, mesmo que os detalhes ainda não tenham sido finalizados. As organizações precisarão informar muito mais sobre seus impactos ambientais e as medidas que estão tomando para mitigá-los.
Outro desenvolvimento importante a ser observado é o trabalho do novo International Sustainability Standards Board (ISSB), que foi criado no ano passado pela International Financial Reporting Standards (IFRS) Foundation. O ISSB tem como objetivo "oferecer uma linha de base global abrangente de padrões de divulgação relacionados à sustentabilidade que forneçam aos investidores e a outros participantes do mercado de capitais informações sobre os riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade das empresas para ajudá-los a tomar decisões informadas". Seu trabalho está em andamento.
Ação legal
Há também um crescimento correspondente no escrutínio público das declarações climáticas do setor privado. Consumidores, acionistas e eleitores estão usando sua influência para responsabilizar as organizações e garantir que elas cumpram seus compromissos.
Um caminho para isso, que pode se tornar uma preocupação crescente para as empresas, é o litígio. Um caso de teste para essa abordagem foi apresentado por um grupo de ONGs ambientais, incluindo Greenpeace, Friends of the Earth e ClientEarth, contra uma grande empresa de energia por propaganda de greenwashing, que, segundo eles, viola as regras contra propaganda enganosa. Se a ação judicial for bem-sucedida, ela poderá abrir as portas para muitos outros casos semelhantes.
A compensação de carbono é greenwashing?
A compensação de carbono é uma atividade que tem sido particularmente criticada por lavagem verde em algumas esferas. As organizações que usam apenas a compensação para fazer declarações sobre o clima ou que não são transparentes em suas estratégias de compensação estão particularmente em risco. No entanto, a compensação de carbono não é inerentemente greenwashing e tem um papel fundamental a desempenhar na transição global para o zero líquido, desde que as organizações considerem dois pontos-chave:
- Seguir a hierarquia de mitigação
A compensação não é uma desculpa para continuar os negócios como de costume e evitar atividades essenciais de descarbonização. Ela deve ser usada como parte de uma estratégia mais ampla que siga a hierarquia de mitigação (evitar, reduzir, compensar), por exemplo, seguindo o Código de Prática do VCMI.
- Use créditos de alta qualidade
A compensação só terá um impacto climático positivo se os créditos usados forem adicionais, permanentes e justificados por uma contabilidade de carbono legítima e verificável. Os compradores de créditos precisam realizar a devida diligência para ter certeza disso e devem informar de forma transparente sobre isso e sobre os detalhes de seu uso de créditos.
Evitar o greenwashing: a transparência é fundamental
A divulgação clara dos impactos ambientais de forma consistente entre os anos e comparável entre as organizações permite que as partes interessadas avaliem com precisão as alegações de uma organização. A não divulgação dessas informações corre o risco de sugerir que as organizações têm algo a esconder ou não têm os fatos para sustentar suas afirmações. Os órgãos reguladores já estão indicando que cada vez mais essas divulgações serão exigidas: Os requisitos da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD) estão sendo codificados em cada vez mais jurisdições, e a regra final da SEC sobre divulgações relacionadas ao clima quase certamente aumentará ainda mais os requisitos.
Não se trata de saber para onde as regulamentações estão indo, mas com que rapidez elas chegarão lá. Estar despreparado para isso será caro e potencialmente prejudicial para uma empresa. Enquanto isso, a transparência é a melhor maneira de garantir que as declarações sobre o clima sejam legítimas e confiáveis.